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Transportadores moçambicanos ainda temem ir à África do Sul

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Ataques a viaturas abrandaram, mas a violência contra os transportadores de mercadorias e importadores informais provocou uma redução do fluxo entre Moçambique e a África do Sul.

Em Moçambique, os transportadores de mercadorias e importadores informais de diversos produtos, conhecidos como "mukheristas", afirmam que os ataques a viaturas de moçambicanos na África do Sul estão a diminuir.

Ainda assim, dizem que continuam a recear ir à terra do rand para comprar produtos, embora não tenham outra alternativa para sobreviver.

Nos últimos meses, pelo menos 14 viaturas com matrículas moçambicanas foram queimadas por desconhecidos na África do Sul.

Segundo o representante dos "mukheristas", Sudekar Novela, os "corajosos" continuam a fazer o percurso, porque não têm outra alternativa.

"Nós continuamos a viajar, a insistir, mesmo ouvindo que acaba de ser incendiado um camião ou alguém acaba de perder a vida num ataque ou acaba de se destruir a mercadoria de alguém", afirma.

Mosambik Leere "Crossborders" Mosambik Leere "Crossborders"
Foto de arquivo (2019): Viaturas de transporte de passageiros entre Moçambique e a África do Sul vazias, devido a onda de ataquesFoto: DW/R. da Silva
Reforço da segurança

O tomate, a cebola e a batata são os produtos sul-africanos mais procurados no mercado moçambicano. Se um camião é incendiado, é uma tragédia, diz Sudekar Novela: "O dinheiro investido naquela mercadoria é dado como perdido e, quando isso acontece, a pessoa fica no desemprego".

Foi isso que já aconteceu a vários jovens, acrescenta o representante dos "mukheristas".

No entanto, a situação nas estradas está melhor do que no início do ano - a segurança foi reforçada e os ataques diminuíram "há três semanas", afirma o transportador Danilo Nhantumbo.

"Da parte da fronteira, os camiões estão organizados e os assaltos já não são com muita intensidade. Agora há algumas secções da estrada onde há polícias, que estão a controlar a zona de Mananga até fronteira", explica.

Mesmo assim, o camionista Marcos Abílio diz que continua a viajar com o coração nas mãos: "Os bandidos podem aparecer a qualquer momento. O que a gente vê que acalmou é a queima de viaturas".

Os transportadores que ainda fazem este percurso temem ficar na mesma situação de colegas que tiveram fortes prejuízos nos negócios por causa dos ataques. Marcos Abílio faz um apelo às seguradoras: "O problema é com os seguros, temos apenas seguros contra terceiros e eles não aceitam seguros contra todos os riscos".

O representante dos "mukheristas", Sudekar Novela, diz que, para evitar ir à África do Sul, arriscando ser atacado, a solução é apostar na produção local, porque há muita terra em Moçambique.

"O Governo pode mobilizar-nos e apoiar em meios de produção, e pode dizer: 'Parem de ir à África do Sul, aqui está um trator e as suas alfaias, vamos trabalhar a terra' e, em seis meses, já temos o problema resolvido", defende.

 

 


Fonte:da Redação e da DW
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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