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Sáb., maio
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Relatos de uma população em fuga, abandonada pela comunidade internacional

Ucrânia
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Ao segundo dia da ofensiva russa na Ucrânia, as tropas de Moscovo continuam a avançar rumo à capital Kiev. Depois de uma fase inicial de bombardeamentos generalizados um pouco por todo o país, de forma a conquistar superioridade aérea e paralisar as bases militares ucranianas, as tropas russas avançam agora por terra em várias frentes em simultâneo, com especial ênfase às portas de Kiev.

O presidente ucraniano decretou, ontem à noite, a mobilização geral e convocou os soldados na reserva dos 18 aos 60 anos, durante 90 dias, em todas as regiões do país. O decreto de Volodymyr Zelensky mobiliza no total 900.000 pessoas. Resta, agora, saber se as forças na reserva se encontram suficientemente equipadas e treinadas para poderem desempenhar um papel crucial no apoio aos cerca de 200.000 militares ucranianos no activo.

O ataque da Rússia à Ucrânia já provocou mais de 100.000 deslocados segundo das Nações Unidas. Pessoas que fogem das suas casas à procura de refúgio nos países vizinhos como a Moldávia, Roménia e Polónia.

Demar dos Santos, economista guineense, residente em Kiev, que contactado pela RFI, disse “que estava a conduzir a caminho com a fronteira com a Polónia”.

 


Demar dos Santos

Com o agravar da situação, Anna Chayka também saiu ontem de Kiev. Em entrevista à RFI, Anna Chayka dá conta de uma população em fuga abandonada pela comunidade internacional: “tomei a decisão de sair e estou a ir para a minha cidade Natal, onde não há ataques”.

Quem tem viatura própria está a tentar sair de Kiev e do país, mas diz Anna Chayka que a situação é complicada na medida em que as filas de automóveis são intermináveis “está tudo cheio de trânsito, está tudo parado”, “o movimento é muito lento”.

Questionada sobre a postura do presidente ucraniano na gestão da crise com a Rússia, Anna Chayka sublinha “uma postura correcta [do presidente ucraniano]. Nós tentamos sempre a via diplomática para resolver e tratar esta situação, mas não conseguimos. Como as tropas russas avançaram e invadiram o nosso território, estamos a defender. Nós não atacamos ninguém, estamos apenas a defender o nosso território e a população”.

Sobre o apoio da comunidade internacional, Anna Chayka refere que se sentem “sozinhos”: “sinto que estamos sozinhos. Há apoio nas redes sociais (…), mas não sentimos cá dentro nenhum apoio. Precisamos de apoio militar”.

Desde a hora em que os primeiros soldados russos entraram em território ucraniano, têm-se multiplicado os comentários contra a guerra. As manifestações ocorreram em mais de 50 cidades do país, sendo a maior registada em Moscovo, cerca de duas mil pessoas foram detidas.

Svieta Azernikova, cidadã russa a viver na ilha da Madeira, em Portugal, disse à RFI que sente vergonha por falar a mesma língua que o Presidente Vladimir Putin.

"Tenho vergonha por falar a mesma língua que um ditador. Estou triste, com muita pena, estou com vergonha. Nós temos uma galeria de arte e a nossa equipa é constituída por ucranianos e russos, trabalhamos juntos há seis anos, sempre vivemos como amigos, agora não consigo olhar para eles, tenho vergonha", confidenciou.

A Rússia disse esta sexta-feira que está a prepara-se para enviar uma delegação para Minsk para conversações com a Ucrânia. A informação foi avançada, esta sexta-feira, por Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin. Svieta Azernikova afirma que "as palavras de Putin não têm valor. Já ninguém tem confiança no Putin".

 

 

 

 

 


Fonte:da Redação e da Rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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