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Fahd Moufi: «É um jogo especial para mim, mas espero ver Marrocos vencer»

Mundial 2022
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A Selecção Marroquina apurou-se pela primeira vez na história para a meia-final num Mundial de futebol, sendo também a primeira nação africana a chegar a esta fase da prova.

Marrocos eliminou Portugal por 1-0 nos quartos-de-final e tornou-se no primeiro país africano a atingir as meias-finais em Campeonatos do mundo de futebol.

Nas meias-finais, a Selecção Marroquina vai medir forças com a França que derrotou a Inglaterra por 2-1 na ronda precedente.

A RFI entrevistou Fahd Moufi, defesa de 26 anos, que passou pelo Mulhouse, o Sedan e o Lyon em França, bem como pelo Tondela e o Portimonense em Portugal, mas que não estão presentes no Mundial.

Fahd Moufi, defesa marroquino.
Fahd Moufi, defesa marroquino. © Cortesia Fahd Moufi
Para Fahd Moufi, defesa marroquino do Portimonense, é possível chegar ao título mundial, mas antes Marrocos vai defrontar a França, país onde nasceu e cresceu o lateral direito, o que também significa que este jogo vai ser especial para ele.

RFI: Qual foi o sentimento após o apuramento histórico para esta meia-final?

Fahd Moufi: Estava feliz, quase a chorar. Estou muito feliz porque é o meu país, é o país do meu pai, da minha mãe. Se o ‘Mister’ me tivesse escolhido, eu estaria no Qatar com a Selecção marroquina. Mas pronto, estou muito feliz.

RFI: Foi o jogo mais importante ao qual assistiu da Selecção?

Fahd Moufi: Claro que sim porque entrou na história!

RFI: Acreditava no triunfo de Marrocos frente a Portugal?

Fahd Moufi: Sinceramente eu estava confiante. Para mim Marrocos ia ganhar esse jogo. Quando eu vi que os jogadores de Portugal estavam nervosos, e começaram a falar com o árbitro, saindo do jogo, eu senti que era possível.

RFI: Foi um jogo similar ao jogo frente à Espanha?

Fahd Moufi: O jogo frente a Portugal foi mais difícil do que aquele frente à Espanha. A Espanha é uma equipa que tem a posse de bola, mas dentro da área não é perigosa como Portugal. Num canto, numa bola parada, Portugal podia marcar. Portugal tem excelentes extremos que estão no topo mundial, e também grandes jogadores no meio-campo e no ataque, isto sem falar do craque Cristiano Ronaldo. Ele entrou na segunda parte mas podia ter feito a diferença. A equipa de Portugal é bem mais forte do que a espanhola. É um jogo mais directo do que o espanhol.

RFI: O sistema de jogo marroquino é defensivo?

Fahd Moufi: Marrocos sai sempre a jogar a partir do guarda-redes e com a bola controlada. É verdade, é uma selecção que defende, mas não é uma equipa que fica cá atrás e que não ataca. Marrocos tem laterais que sobem, tem jogadores que cruzam para a área, é uma equipa perigosa. Hakimi sobe muito pelo lado direito, os dois centro-campistas também sobem no terreno nas fases ofensivas. É uma equipa equilibrada e completa. O guarda-redes é bom, os centrais também, os laterais, os centro-campistas e os extremos, todos. Até mesmo o ponta-de-lança que segura muito bem a bola. Marrocos é uma equipa completa.

RFI: No início do Mundial, é possível acreditar nas meias-finais para Marrocos?

Fahd Moufi: No início do Mundial, ninguém podia dizer que Marrocos ia chegar às meias-finais. Sair da fase de grupos, sim, isso tinha a certeza. Depois de ultrapassar a fase de grupos, sabia que podíamos fazer coisas boas, mas não imaginava chegar às meias-finais. É um sonho, ninguém estava à espera disso. Agora espero que Marrocos atinja a final.

RFI: Agora Marrocos tem a França pela frente? O Fahd é franco-marroquino…

Fahd Moufi: Nasci em França, cresci lá, joguei no campeonato francês, assinei o meu primeiro contrato profissional com um clube francês, a minha vida esteve em França, a minha mãe e o meu pai estão em território gaulês, a família está em França. Mas Marrocos é a terra da minha família. Eu estou feliz por ver este jogo entre Marrocos e a França. É um jogo especial para mim. Espero ver Marrocos vencer, mas se for a França, vamos apoiar a Selecção Francesa para vencer este Mundial.

RFI: Qual vai ser a chave do jogo?

Fahd Moufi: É verdade, Kylian Mbappé é o jogador mais perigoso, porque ele está no top-3 dos melhores jogadores do mundo, mas a selecção marroquina não pode estar com o foco apenas em Mbappé. Se olharmos para o triunfo francês frente à Inglaterra, os ingleses olharam apenas para Mbappé e esqueceram-se de Giroud, de Dembélé, de Griezmann… Na selecção francesa, todos os jogadores são perigosos. Para além de Mbappé, Dembélé está no FC Barcelona, Giroud está no AC Milan e Griezmann está no Atlético Madrid, só grandes clubes! Nós temos por exemplo Hakimi, lateral direito, que conhece muito bem o Mbappé, visto que jogam juntos no Paris Saint-Germain. Vamos esperar que Hakimi tenha um segredo para parar Mbappé (risos).

RFI: Ficou surpreendido com o percurso da França visto que a Selecção Francesa teve vários jogadores lesionados antes e durante o Mundial…

Fahd Moufi: A França tem muitos bons jogadores. Até tem jogadores que jogam em grandes campeonatos que não foram chamados para o Mundial. Esses jogadores podem jogar em qualquer selecção do mundo! Mas nem foram chamados para representar a França neste Mundial… Neste campeonato do mundo, a França teve de abdicar de sete/oito jogadores titulares que estão lesionados, mas foram substituídos e não se vê a diferença. Os suplentes que agora são titulares jogam no Liverpool, no FC Barcelona, no Real Madrid…

RFI: Argentina na final, agora falta outra meia-final, o que desejaria para este Mundial?

Fahd Moufi: Eu quero que Messi ganhe o Mundial. Ele merece, é o melhor jogador da história do futebol. Mas eu também quero que Marrocos vença este campeonato do mundo. O futebol é difícil (risos).

RFI: O que pode representar para o continente africano um título mundial?

Fahd Moufi: É muito importante porque as pessoas em África querem mostrar ao mundo que no nosso continente há muito talento. África há 30 anos atrás não é África de agora. As selecções africanas têm grandes jogadores.

RFI: Agora o objectivo do Fahd é estar no Mundial-2026?

Fahd Moufi: Isso é o objectivo. É algo muito importante. Eu esperava estar neste Mundial de 2022, não fui convocado, sofri, fiquei mal, fiquei triste. É das coisas mais difíceis que vivi na minha carreira.

 

 

Fonte:da Redação e da rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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