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Angola coloca dívida com juros a um ano próximos dos 25%

Segundo dados compilados pela Lusa com base no relatório semanal sobre a evolução dos mercados monetário e cambial do BNA, o banco central angolano

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A dívida pública colocada semanalmente pelo Banco Nacional de Angola (BNA) aumentou quase 30%, para 40,9 mil milhões de kwanzas (232,2 milhões de euros), com a taxa de juro próximo dos 25% a um ano. 

Segundo dados compilados pela Lusa com base no relatório semanal sobre a evolução dos mercados monetário e cambial do BNA, o banco central angolano colocou no mercado primário, entre 05 e 09 de dezembro, 24,1 mil milhões de kwanzas (136,8 milhões de euros) em Bilhetes do Tesouro (BT) e 10,1 mil milhões de kwanzas (57,3 milhões de euros) em Obrigações do Tesouro (OT). 

As taxas de juro médias pela emissão de BT oscilaram entre os 20,30% (20,06% na semana anterior) na maturidade a 91 dias e os 24,82% no prazo a 364 dias (24,49% na semana anterior). 

A seis meses, o Estado angolano paga taxas de juro de 23,92% (23,89% na semana anterior) para colocação de dívida pública no mercado primário, na forma de BT. 

Já as OT fecharam, uma vez mais, com taxas de juro de até 7,75%, a cinco anos. 

No segmento de venda direta de Títulos do Tesouro ao público em geral foram colocados na última semana 6,7 mil milhões de kwanzas (38 milhões de euros) em dívida pública. 

Na semana anterior, o BNA tinha colocado 31,7 mil milhões de kwanzas (180 milhões de euros) em dívida pública. 

Angola vive desde meados de 2014 uma crise financeira, económica e cambial decorrente da quebra das receitas da exportação de petróleo, recorrendo à emissão de dívida para garantir o funcionamento do Estado e a concretização de vários projetos públicos. 

Apesar destes valores, a taxa de juro paga na maturidade a um ano é menos de metade do valor que a inflação (a 12 meses) atingiu em Angola no mês de outubro - 40%. 

Na revisão do Orçamento Geral do Estado aprovada em 19 de setembro no parlamento, o Governo avança com uma revisão em baixa de indicadores macroeconómicos, nomeadamente a redução da previsão do crescimento da economia, de 3,3% para 1,1% e do défice das contas públicas, que passa de 5,5% para 6,8% em 2016. 

O endividamento do Estado angolano tem sido utilizado para colmatar a forte quebra nas receitas com a exportação de petróleo e só em 2015 o serviço da dívida pública angolana ascendeu a 18 mil milhões de dólares (16,9 mil milhões de euros).

 

 

 

 

 

 

Fonte:Angonoticias

Reditado para:Noticias Stop 2016

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