Quando o verniz estala e que o pior da alma humana vem à tona... o sueco Ruben Östlund comenta a superficialidade da sociedade contemporânea, das redes sociais, dos códigos da moda e o cinismo do politicamente correcto numa comédia que muito agradou ao Festival de Cannes.
Um casal de manequins confrontados com o peso das convenções sociais sai de férias num cruzeiro de luxo.
O realizador denuncia com muito humor o papel que tripulantes e viajantes têm a bordo antes do desastre... um ataque de piratas e um naufrágio que deixará numa ilha supostamente deserta um punhado de sobreviventes, dispostos a tudo para serem eles a se imporem, perante toda a adversidade.
E aqui a chefe de limpeza das casas de banho do iate torna-se na mais experiente Robinson Crusoe, é ela quem consegue acender lume, pescar ou cozinhar.
A pessoa mais humilde do grupo torna-se na mais poderosa e não deixará de usar o seu novo poder relativamente aos antigos poderosos que, perante esta inversão das regras do jogo, vão ter, mesmo, que se adaptar.
O registo é próximo do burlesco e põe, mesmo, o dedo na ferida quanto à forma como funcionam as relações humanas na actualidade.
Fonte:da Redação e da rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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